De tempos em tempos, a Apple convoca jornalistas e o pessoal do mundo tecnológico quando precisa fazer anúncios importantes e apresentar produtos. Nesta última quarta-feira, foi realizado em Cupertino o evento “Back to the Mac”, às 10h da manhã no horário local, 15h no horário de Brasília. Em um evento simples, Steve Jobs e seus amiguinhos subiram no palco para falar de lançamentos em hardware e software da empresa da maçã, e ainda dar uma palhinha do que vem por aí.

Um desses lançamentos, para o qual foi dedicado bastante tempo, foi o iLife, a suite de aplicativos multimídia caseiros da Apple. As novas versões do iPhoto, iMovie e GarageBand trazem uma série de inovações, recursos para impressionar visitas e suprir as necessidades de pelo menos 90% dos usuários que não trabalham profissionalmente com foto, áudio e vídeo. Dois grandes destaques do iMovie, por exemplo, foi o maior controle na edição de efeitos sonoros e a ferramenta de criação de trailers. O GarageBand, por sua vez, ganhou mais aulas básicas de música e ferramentas para acertar ritmo e compasso.

Outro do destaque apresentado no “Back to The Mac” foi o FaceTime para Mac. Lançado recentemente, o recurso estava disponível apenas para os novos iPhones e iPod touches com câmera — mas foi tão pedido pelos entusiastas da plataforma que Jobs resolveu se compadecer das almas suplicantes e disponibilizar o recurso também no desktop. O aplicativo já está disponível para download no site da Apple.

A empresa também aproveitou o momento para falar de seu tão especulado novo felino, o Mac OS X 10.7 Lion, mostrando um pouco do que ele pode fazer. As inovações que o novo sistema trará são bem interessantes, apesar de terem sido mostradas muito rapidamente. Entre elas, uma que tem ótimo potencial: a Mac App Store, uma loja de aplicativos bem ao estilo das App, Music e Book Stores presentes nos iPods, iPhones e iPads, e que foi prometida para funcionar em breve. Quando vi o recurso lembrei imediatamente da central de programas do Ubuntu, mas com um potencial comercial e alcance muito maiores. Imagine quantos jogos novos surgirão nessa plataforma tradicionalmente conhecida por ter pouquíssimos títulos?

Além disso, outros recursos interessantes também serão inseridos: o Lauchpad (um organizador de aplicações no estilo do iOS), aplicativos em tela cheia, e o Mission Control (uma evolução/mistura dos atuais Exposé, Dashboard, Spaces com as aplicações em tela cheia do novo sistema.

A cereja do bolo, no entanto, foi deixada para o fim do evento, com direito a “one more thing” e tudo mais: o lançamento do novo MacBook Air. Menor, mais fino, mais poderoso e mais barato, o novo portátil trouxe consigo a frase “A nova geração de MacBooks”, que dá a entender que os próximos lançamentos da linha de notebooks da Apple seguirão a mesma linha. Com um processador Intel Core 2 Duo de 1,4 GHz e capacidade de armazenamento de até 256 GB em memória flash, o finíssimo notebook tem 1,7 cm de espessura na parte mais grossa de sua anatomia (ui!). Segundo Jobs, fruto de tudo o que a equipe aprendeu fazendo iPhones e iPads.

Como o evento passado, o “Back to The Mac” foi transmitido pela Apple para quem tivesse Mac OS X e iOS rodando, mas dessa vez não houve tantas quedas na transmissão. O Gizmodo também transmitiu o vídeo, permitindo aos reles mortais não pertencentes à seita acompanhar o evento. Até o presente momento ainda não se sabe se a polícia já invadiu a casa dos editores do site a mando de Jobs.